JUDY GARLAND (1922-1969) - Vale a Pena Lembrar
Nascida no dia 10 de junho de 1922 na cidade de Grand Rapids, no estado americano de Minesotta, Frances Ethel Gumm, que mais tarde assumiu o nome artístico de Judy Garland, foi atriz, cantora e dançarina. E com esses talentos artísticos, Judy se tornou uma das maiores profissionais da era de ouro da clássica Hollywood, lembrada até hoje com carinho por uma legião de fãs e admiradores.
Começou sua trajetória no ramo artístico com apenas dois anos de idade ao lado das irmãs mais velhas Mary Jane Suzy Gumm e Dorothy Virgínia Gumm, que em 1928 viriam formar o grupo "The Sisters Gumm" onde se apresentavam cantando e dançando até os meados de 1935. Devido a notoriedade de seus talentos artísticos, em 1935, Judy assinou contrato com a Metro-Goldwyn-Mayer (MGM). Sem ter muito o que fazer no estúdio a princípio, a jovem estrela atuou em alguns papéis e produções pequenas, até que em 1938, ela conseguiu a oportunidade de estrelar aquele que viria ser lembrado até o fim de sua vida como um dos seus mais memoráveis projetos: o filme "O Mágico de Oz", lançado em 1939 sob a direção de Victor Fleming.
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Judy Garland como Dorothy Gale no clássico ''O Mágico de Oz'' de 1939 |
Embora seja considerado até hoje um dos maiores clássicos do cinema e um dos melhores filmes musicais/fantasia já realizados, "O Mágico de Oz" também criou para si o estigma de ser uma das produções cinematográficas mais sombrias e controversas da indústria, devido aos seus turbulentos bastidores de produção, principalmente relacionado a maneira como Judy Garland era tratada pelos demais membros da equipe e até mesmo pelo diretor, gerando na garota uma série de abusos físicos e emocionais que lhe deixaram marcas irreversíveis e irreparáveis para sempre. Entre essas marcas, depressão e o uso abusivo de medicamentos para dormir e manter o seu peso, algo exigido pelo estúdio e seus responsáveis na época.
No no de 1940, Judy estrelou três filmes de sucesso: "Andy Hardy Meets Debutantes", "Strike Up The Band" e "Little Nellie Kelly", o que lhe garantiu na época o posto de maior estrela da MGM. Com isso também veio os constantes assédios sexuais para com a sua pessoa por parte dos diretores, produtores e atores, além das constantes críticas a sua aparência e peso, o que a fez desenvolver, além da depressão, crises de pânico, alcoolismo e vício compulsivo em cigarros, fazendo com que ela buscasse tratamentos e terapias, atrapalhando a sua carreira profissional.
Em 1950, a MGM suspendeu o contrato com Judy, o que a fez voltar para o teatro, mas também estrelar outros longas de grande visibilidade, entre eles uma versão de "Nasce Uma Estrela" de 1954, onde ela trabalhou com a Warner Bros. Fazendo sucesso com o público e recebendo amplo elogio da crítica, o filme concedeu a Garland uma indicação ao Oscar em 1955 na categoria de Melhor Atriz. No entanto, ela o perdeu para a atriz Gracy Kelly pelo filme "Amar é Sofrer" (1954).
Próximo aos seus anos finais, Judy Garland estreou programas de TV, fez peças teatrais, cantou nos palcos em turnês e até mesmo chegou a cantar ao lado da sua filha, a cantora Liza Minelli. A longo de sua vida, a atriz e cantora se casou cinco vezes e teve três filhos. Recebeu ao longo de seus 40 anos de carreira vários prêmios e indicações, entre eles o Oscar, Globo de Ouro e Grammy. Infelizmente, Judy teve o seu triste fim no dia 22 de Junho de 1969, apenas 12 dias depois de completar 47 anos de idade, onde foi encontrada já sem vida no banheiro da sua casa de aluguel em Londres. As causas da morte, de acordo com os legistas, foi uma overdose não intencional. Contudo, um especialista britânico, que em algumas ocasiões já havia atendido Garland em algumas consultas, informou que a atriz já estava com uma saúde fragilizada por causa de uma cirrose hepática. Ela foi enterrada no mesmo ano no cemitério Ferncliff Cemitery, em Nova Iorque. Porém, em 2017, a pedido dos seus filhos, teve os seus restos mortais transferidos para o famoso Hollywood Forever Cemitery, dedicado a celebridades e judeus.
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Memorial em homenagem a Judy Garland no Hollywood Forever Cemitery |
Judy Garland é lembrada por sua vida e carreira conturbadas, mas será eternamente reconhecida como uma das maiores e mais talentosas artistas da indústria da música, teatro, televisão e cinema, onde sua contribuição e suas obras se tornaram imortais. Com 40 anos de carreira, é muito difícil citar a fundo todos os acontecimentos que envolveram sua vida profissional e pessoal. Mesmo assim, esse é um pequeno resumo e uma singela homenagem a essa espetacular artista.
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